Serei breve hoje, pessoal: está saindo do forno, pela editora Ofícios Terrestres, o Minguante, meu novo livro de poemas e o quarto volume do que já está virando uma bibliografia bastante insólita. Uhul!
A campanha de financiamento coletivo/pré-venda foi ao ar hoje, e pode ser acessada neste link aqui: https://benfeitoria.com/projeto/minguante. Com apenas 35 reais já dá para apoiar adquirindo a edição virtual do livro. Tem mais de 50 poemas aí, logo fica menos de 1 real por poema. É uma barganha!
Para quem quiser ter uma ideia do que está comprando, eu dei uma palhinha aqui na edição #14 da Mercurius Delirans (neste link). E tem mais uns links para alguns poemas espalhados pela internet afora.
Por favor, gente, já é vergonhoso o suficiente publicar poemas, não me façam passar a vergonha de não bater a meta. Se isso acontecer, eu vou pessoalmente perturbar vocês na rua, em bares e cafés ou na fila do MASP com esse livro xerocado perguntando se vocês gostam de poesia. Estejam avisados.
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Saiu na semana passada a lista dos ganhadores do Prêmio da Biblioteca Nacional! Por algum motivo, os jornaleiros deste país não divulgam tanto o resultado desse prêmio quanto divulgam o Jabuti, mas dá para vocês conferirem o edital neste link. Tenho não um, mas dois amigos queridos que ganharam e estou feliz demais por eles: o Lielson Zeni, com Damasco (junto com Alexandre Sousa Lourenço) na categoria quadrinhos (também finalista do Jabuti deste ano) e o Ricardo Domeneck, com Cabeça de galinha no chão de cimento, na categoria poesia. Deixo aqui meus parabéns!
O outro recado é que, recentemente, o Felipe Hirsch anunciou mais um espetáculo, com a colaboração do Caetano Galindo, do Guilherme Gontijo Flores e da Juuar e contando com seu elenco de peso de sempre (Amanda Lyra, Georgette Fadel, Roberta Estrela D’Alva e muitos outros). Avenida Paulista, da Consolação ao Paraíso estreia em fevereiro de 2025 em São Paulo.
Por fim, no final do mês passado saiu mais uma tradução minha - pois é, não é exagero quando eu digo que demoro para publicar a newsletter porque estou trabalhando demais. É O grande durante, o primeiro volume da série “Londres Longa” do grande mago barbudo Alan Moore. É a segunda vez que eu traduzo algo dele, e por mais que eu ame demais alguns dos contos de Iluminações (já comentado aqui antes na Mercurius Delirans), sua estranheza e variação estilística, arrisco dizer que eu gostei ainda mais d’O grande durante.
Em resumo, nele tem tudo que eu procuro: uma prosa exuberante, uma narrativa alucinada e um senso de humor doente. A coisa já começa com um prólogo em que vemos um diálogo entre ninguém menos que a Dion Fortune e o Aleister Crowley. Depois, quando aparece nosso protagonista, a primeira cena é a de uma punheta interrompida com uma revista de cinema, ao que se segue uma série de humilhações na mão da velha que é dona da casa e sebo onde ele trabalha. O elenco de personagens principais inclui figuras históricas como o “Príncipe” Monolulu (uma figura folclórica de Londres que se dizia um príncipe da Abissínia e dava dicas para corridas de cavalo), o gângster Jack Spot e o artista e ocultista Austin Osman Spare (outro autor que, por acaso, eu também já traduzi). O livro saiu pela editora Aleph.
Como esta edição da newsletter é uma edição extra, que inclusive está saindo fora da data costumeira, ela não conta na numeração. Logo mais retornaremos à nossa programação normal!
Assinar a Mercurius Delirans literalmente não custa nada e eu não tenho planos de monetizar a newsletter tão cedo. Se eu te ajudei a se distrair um pouco das dores da existência neste plano físico e você quiser dar uma força, sempre pode comprar meus livros… incluindo o Minguante.